Revolta de Juazeiro e Venceslau Brás

Rervolta DE JUAZEIRO A politica das salvações provocou essa revolta, que, no Ceará opôs oligarquias locais ao governo
federal, em 1911. Para retirar o poder da família
Acioli, que dominava o estado por meio do
coronelismo, o presidente indicou um novo
governador, Marcos Franco Rabelo, Os coronéis, apoiados pelo padre Cicero, então prefeito de Juazeiro do Norte, reagiram armando centenas de sertanejos e enviando os à capital, onde foram contidos pelas forcas federais. Rabelo renunciou, e Hermes da Fonseca nomeou um novo interventor, o general Setembrino de Carvalho.


VENCESLAU BRAS (1914-1918)
Passado o mandato de Fonseca, o mineiro Venceslau Brás foi eleito presidente em 1914. E durante seu governo que o Brasil toma parte na I Guerra Mundial. Nesse contexto do conflito global, o país enfrentava um crescimento intenso da atividade industrial, que formou um contingente expressivo
de operários nos grandes centros. Em 1917, influenciados pela revolução que ocorria na
Rússia, Os trabalhadores se organizaram em o movimento que se espalhou por todo o país. Iniciando concentrado no bairro da Mooca, em São Paulo, o movimento dos trabalhadores levou a uma greve nacional por aumento salarial, jornadas de 8 horas e abolição do trabalho noturno para mulheres e menores de idade. Após intensos confrontos, a classe patronal concordou em negociar, pondo fim à mobilização.

Hermes da Fonseca e a revolta da chibata

HERMES DA FONSECA (1910-1914)
Com pouca experiência política, Hermes da Fonseca buscou recuperar para os militares a influência antes exercida na esfera pública. Com esse intento, ele pôs em prática a política das salvações, que derrubou as velhas oligarquias estaduais do Nordeste por meio de intervenções militares e pôs no poder grupos mais afinados com o presidente.
Mas enfrentou grandes revoltas durante seu governo. Além das rebeliões da Chibata e de
Juazeiro, no fim de seu mandato estourou a
Guerra do Contestado, na divisa do Paraná
com Santa Catarina.


REVOLTA DA CHIBATA Também conhecida como revolta dos Marinheiros, a rebelião ocorreu na Marinha, no Rio de Janeiro, em 1910. Os
rebelados queriamo fim dos castigos corporais, aplicados por oficiais brancos em marujos negros, a redução da jornada de trabalho e a concessão de anistia. Liderados pelo gaúcho João Cândido, assumiramo controle de navios da Marinha de Guerra, ancoradas na baia de Guanabara. O presidente prometeu, inicialmente, atender às reivindicações, mas acabou prendendo e deportando muitos deles.

Afonso Pena

AFONSO PENA (1906-1909)
De acordo com o esquema do café com leite, o paulista Rodrigues Alves foi sucedido pelo mineiro Afonso Pena, que pôs em prática as decisões do Convênio de Taubaté. Promoveu a construção de estradas de ferro e portos e ampliou a colonização do interior brasileiro. Em 1907 ampliou a rede de comunicações do país ao ligar a Amazônia ao Rio de Janeiro por meio do telégrafo. Na sucessão de Afonso Pena, porém, ocorreu um cisma na aliança entre mineiros e paulistas: o nome indicado pelos paulistas não foi aceito pela maioria do partido Republicano Mineiro, e o desacordo fez com que os mineiros se aliassem aos gaúchos na escolha do marechal Hermes da Fonseca.
Os paulistas, por sua vez, uniram-se aos baianos para lançar a candidatura de Rui Barbosa. O esforço de Rui Barbosa ganhou o nome de campanha civilista, por opor um civil a um militar truculento. Na verdade, essa é considerada a primeira campanha eleitoral de fato no pais, com Barbosa percorrendo várias cidades.
A época das eleições, o governo já era ocupado
pelo fluminense Nilo Peçanha, vice de Afonso
Pena, que assumira em 1909, representou a vitória da situação.

Revolta da vacina

REVOLTA DA VACINA
A falta de saneamento básico no Rio de Janeiro deixava os moradores vulneráveis a epidemias de febre amarela, varíola e outras doenças. Uma reforma sanitária foi conduzida pelo prefeito Pereira Passos e pelo cientista Osvaldo Cruz, chefe do Departamento Nacional de Saúde Pública. Mas a tensão foi imediata quando, em 1904, o governo impôs a vacinação à população. Na raiz da revolta estava a reurbanização do centro da cidade, que removeu parte da população à força dos cortiços e morros centrais para bairros distantes. O descontentamento fez da cidade um campo de batalha. A oposição militar aproveitou-se da situação para tentar depor o presidente. Mas a revolta foi sufocada, deixando centenas de mortos de ambos os lados.

Rodrigo Alves

Rodriguez Alves (1902-1906)
A eleição de 1902 permitiu ao paulista Rodríguez Alves vencer com o apoio de Campos Salles. O novo presidente adotou uma política econômica de avaliação do valor do café, chamada de socialização do prejuízo: sempre que o preço de um produto no mercado internacional cai, o governo baixa a taxa de câmbio, deprecia a moeda e aumenta os lucros dos cafeicultores. Essa desvalorização causou mais inflação e aumentou o custo de vida do povo, que pagou um alto preço pelos interesses da classe dominante.
Com o apoio dessa política favorável, os cafeicultores aumentaram excessivamente a produção de café, desencadeando uma crise de superprodução. Para aumentar o valor do produto, foi estabelecido em 1906 o Acordo de Taubaté, acordo entre os governadores de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro para compra de sobras do armazenamento. Em troca, o magnata do café evitará uma futura superprodução.
Apesar de ser cafeicultor paulista, o presidente não reconheceu o convênio, e suas políticas só foram implantadas no governo seguinte.
Amparados por essa politica benevolente, os fazendeiros elevaram demasiadamente a produção cafeeira, causando uma crise de superprodução. Para tentar valorizar o produto, foi criado, em 1906, o Convênio de Taubaté acordo entre os governadores de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro para comprar o excedente estocado. Em troca, os barőes do café evitariam futuras super produçőes. Apesar de ser cafeicultor paulista, o presidente não reconheceu o convênio, e suas políticas só foram implantadas no governo seguinte.
Ainda no plano econômico, Rodrigues Alves investiu na realização de obras públicas. Com o auxílio do prefeito do Rio de Janeiro, Pereira Passos, modernizou a capital federal, que, naquele momento, era uma cidade suja, com focos de ratos e mosquitos transmissores de doenças. Coube ao governo realizar o alargamento de ruas, o saneamento da lagoa Rodrigo de Freitas e o acerto do serviço dee limpeza pública. As melhorias, contudo, não foram sempre bem recebidas.

Ética e campo Salles

Ética (18941898)
A eleição de 1894 fez do cauteloso Paulista de Moles o primeiro presidente civil do Brasil. Ele procurou tranquilizar o país, conter a oposição militar e restaurar as finanças. Mas a crise atormentou o presidente. Dois anos depois de sua posse, estourou a Guerra dos Kanudos. A situação econômica também não melhorou e, ao final de seu governo, a moeda brasileira quase se desvalorizou. No entanto, mesmo no final de seu mandato, sob o cerco cauteloso de Morais, ele elegeu seu sucessor.

Campos Sals (898-1902)
Para garantir o domínio da oligarquia, o próximo presidente, Opolista Campos Salles, formulou um plano denominado política do governador: o presidente apóia candidatos oficiais nas eleições estaduais, e o governador, por sua vez, apóia o governo na lista de candidatos do presidente na eleição .
Para dar certo, o plano contava com a autoritária e bastante difundida prática do coronelismo, por meio do qual os coronéis usavam seu poder sobre o eleitorado regional. Cada coronel controlava o próprio “curral eleitoral”, garantindo os votos dos eleitores para os candidatos por ele indicados disso, o governo mantinha o controle da comissão de verificação de poderes do Congresso Nacional, responsável pelos resultados eleitorais finais e pela diplomação dos eleitores organizavam se, assim, a fraude eleitoral.

República oligárquica-Brasil

Durante o período de comando de 1894 a 1930, o ramo político oligárquico do Brasil realizou eleições, tornou-se presidente e governou o país. Nesse período, esses grupos mudaram de governo, contando com a ajuda do coronel e sua forte influência política e social para manter seu poder e conter a rebelião da oposição.
•Receita de café com leite
O nome República do café com leite alude a uma aliança de poderes alternativos representada pelo estado de Minas Gerais, o maior produtor de leite, e pelo estado de São Paulo, o líder do café. Por meio dessa política, a fim de garantir os interesses dos dois oligarcas regionais, os dois estados mais ricos e populosos do Brasil – o Partido Republicano Paulista (PRP) e o Republicano Mineiro (PRM), selecionou um candidato. Pessoas participaram das eleições presidenciais, ora instruído por São Paulo, ora Minas. Assim, durante todo o período com algumas exceções que permitiram a entrada de gaúchos na cena política, mineiros e paulistas dominaram o pais e ditaram os rumos da nação.